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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Terminal de ônibus futurista em Paris

ASSUNTO: Arquitetura


Uma estrutura monolítica, revestida com um único material e cuja volumetria recortada apresenta cavidades com vidros coloridos. Assim é o prédio da Autoridade de Transportes Parisiense (RATP), projetado pelo escritório ECDM – Emmanuel Combarel Dominique Marrec e implantado no contexto industrial de Thiais, na região de Île-de-France, subúrbio de Paris. Com tipologia misteriosa e estética incomum, o prédio abriga toda complexidade de um departamento administrativo e um terminal que recebe 300 ônibus e 800 motoristas por dia.





Ao lado de uma sucessão de prédios bem básicos, em formato de caixa, o prédio que controla as linhas de ônibus do sul e leste de Paris foi projetado para suportar um grande fluxo e oferecer flexibilidade no uso dos espaços. “A planta evoluiu durante todos os estudos e trabalhos, e continua se movendo, pois exceto pela área administrativa, os espaços não têm função pré-determinada”, explicam os arquitetos.






O programa de necessidades incluiu a realização de um novo posto de controle e um abrigo para bicicletas. “Nós reduzimos o lote a um estacionamento de ônibus, com uma laje grande de concreto que foi continuada com esse material aparentemente semelhante, o Ductal®”, revelam os autores. A superfície ininterrupta garante a continuidade entre o chão da rua, as fachadas, a cobertura e o terraço no último andar. A qualidade de acabamento e rigor de Ductal® (um concreto de alta performance) contribui para assegurar que as ligações desta pele sejam precisas e contínuas.






A dinâmica visual e a textura são facilitadas pela flexibilidade do material e sua capacidade de ser moldado com precisão, neste caso, em uma superfície de pequenos cilindros, similar a um jogo de LEGO. Ainda segundo os autores, “o material responde a demandas sofisticadas, como a informalidade da estrutura, a evolução constante das plantas, a densidade e a homogeneidade da aparência, fazendo com que o prédio não tenha começo nem fim. É uma inflexão de uma laje que se espalha em todo o terreno”.





O edifício de bordas arredondadas desenvolveu-se em um denso plano quadrado (35m x 35m) dividido em dois níveis. Para quebrar com a inércia dessa construção extremamente sólida, as aberturas foram desenhadas como incisões, gerando volumes em negativo cobertos com espelhos coloridos, que criam diferentes pontos de identificação ao longo do extenso prédio, e remetem às cortinas de vidro nas fachadas dos prédios circundantes. Destacamos aqui este projeto como exemplo de ousadia e inovação, principalmente por representar uma arquitetura de edifício público simples e eficiente, com material e formas que fogem do comum.








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